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Royal Caribbean

Royal Caribbean admite pior ano da história mas permanece otimista para 2021 e 2022

Anthem of the Seas

O Royal Caribbean Group anunciou os resultados financeiros para o ano de 2020 e forneceu uma visão sobre o rumo que a empresa seguirá este ano. Como  esperado, a empresa reportou enormes perdas devido à pandemia de Covid-19, admitindo que é o momento mais difícil da sua história.

Apesar de tudo as reservas estão em bom ritmo e o feedback dos passageiros em cruzeiros em Singapura, no Quantum of the Seas, e nas Ilhas Canárias, a bordo da sua participada TUI Cruises têm sido extremamente positivos.

O CEO e presidente da Royal Caribbean, Richard D. Fain, classificou os últimos 12 meses como os mais dolorosos pelos quais a empresa já passou na sua história. As marcas da empresa, Royal Caribbean International, Celebrity Cruises e Silversea estão virtualmente paralisadas desde a pausa voluntária das operações da empresa a 13 de março de 2020.

Fain disse:  “A pandemia COVID-19 está a ter um impacto doloroso e profundo no nosso mundo e nos nossos negócios; inquestionavelmente, esta crise é a mais difícil da história da empresa. Continuamos confiantes sobre a capacidade da nossa empresa recuperar e retomar a trajetória positiva em que estávamos anteriormente.

O presidente permanece otimista, pois acredita que uma queda acentuada nos casos e o aumento da vacinação mostram que um regresso pode estar iminente: “Somos encorajados a ver a queda acentuada de casos e a crescente disponibilidade de vacinas. Mal podemos esperar para voltar e mostrar o mundo às pessoas e criar ótimas lembranças.”

Embora o regresso aos cruzeiros seja algo ansiosamente esperado, agora mesmo a companhia estará focada nos números financeiros, que para todos os efeitos, não parecem bons. 1,4 mil milhões de dólares é o prejuízo que o grupo Royal Caribbean teve no 4º trimestre do ano passado, 5.8 mil milhões no conjunto do ano. A perda no quarto trimestre e no ano inteiro de 2020 resulta do impacto da pandemia Covid-19. A Royal Caribbean continua com perdas mensais superiores a 250 milhões de dólares e prevê-se que aumentem quando for dado ordem aos tripulantes para regressarem a bordo e prepararem a retoma das operações.

Apesar de tudo a data para a retoma da companhia ainda é uma incógnita. Embora os navios estejam atualmente programados para partir no final de Abril e Maio, a empresa reconhece que os procedimentos do CDC (Centro de Controlo de Doenças dos EUA) permanecem obscuros em muitas áreas.

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Estes procedimentos são uma etapa importante, mas devido à falta de especificações, prazos e custo de implementação desses requisitos, a Royal Caribbean espera que o regresso seja faseado no tempo. Os cruzeiros iniciais terão ocupação reduzida de passageiros, itinerários modificados e protocolos de saúde e segurança aprimorados.

Uma nota positiva são os navios que navegam em Singapura e nas Ilhas Canárias. O Quantum of the Seas está a operar a partir de Singapura e a TUI Cruises, uma afiliada parcialmente controlada, tem três navios nas Ilhas Canárias desde Novembro.

Os passageiros têm dado indicações muito positivas e também vemos uma proporção maior de passageiros de primeira viagem do que o esperado. Acreditamos que esses cruzeiros, mesmo antes da disponibilidade das vacinas, estão a ajudar e a demonstrar aos outros como podemos operar com sucesso no ambiente atual do COVID-19.

As reservas têm sido excelentes para todas as três marcas. As reservas para o primeiro semestre de 2022 estão dentro dos limites históricos. Porém, mostra como é grande a vontade das pessoas em voltar aos cruzeiros, visto que a empresa gastou pouco em marketing ou vendas.

Aproximadamente 75% das reservas feitas para 2021 são novas e 25% devem-se ao resgate de FCCs e ao programa “Lift & Shift“. A empresa continua a fornecer aos passageiros com viagens suspensas a opção de solicitar reembolso, receber um FCC ou adiar a sua reserva para o ano seguinte.

Depois da venda da Azamara no mês passado por 201 milhões de dólares e do Celebrity Xperience, Majesty of the Seas e Empress of the Seas também saíram do grupo três navios da Pullmantur. Mesmo assim, espera-se que vários navios sejam entregues nos próximos 24 meses. Espera-se que cheguem o Odyssey of the SeasSilver Dawn, Wonder of Seas e o Celebrity Beyond.